O verão é marcado pelas chuvas torrenciais e temperaturas elevadas, principalmente para a região Sudeste e central do Brasil. Não é por menos que a estação também é associada ao aumento das pragas urbanas, como baratas, mosquitos, ratos e formigas, que aproveitam as condições favoráveis do ambiente para se proliferarem. Além dos transtornos que eles causam, há ainda os possíveis malefícios à saúde humana. As baratas, por exemplo, por viverem em esgotos e lixos podem ser hospedeiras de vírus e bactérias.
Para cada praga há uma medida preventiva específica, mas evitar deixar alimentos frescos fora da geladeira, manter o lixo fechado e cobrir ralos ajudam a manter alguns insetos longes de casa. Quando há uma infestação, a melhor opção é a dedetização. De acordo com um levantamento realizado pela Tempo Tem, startup brasileira que oferece soluções para a casa e automóveis, a procura pelos serviços de dedetização em janeiro chega a triplicar em comparação com os meses de junho ou julho. Em 2018 a diferença entre as duas épocas foi de 182%. Ainda segundo o levantamento, a partir da primavera já é possível notar a busca por esse serviço. Amanda de Oliveira Cintra, gerente de rede da Tempo Tem, tira as principais dúvidas em relação ao serviço.
Tipos de praga
Para cada tipo de infestação há um produto específico para ser usado e também um método de aplicação. O mais comum é pulverização do veneno, mas dependendo do inseto, também é possível utilizar algumas armadilhas. “Tudo depende da necessidade do cliente. Quando temos alguma infestação instalada, procuramos agir diretamente nos ninhos para eliminar aquele foco. Já para uma dedetização de prevenção, o produto é mais genérico e pulverizado em todo o ambiente”, explica a Amanda.
A dedetização funciona para diversas pragas, desde ratos, cupins, formigas, baratas e até pombos. Os escorpiões, que já causaram mais de 140 mil acidentes no país em 2018, segundo dados do Ministério da Saúde, também são mais comuns no verão e podem ser resolvidos com a dedetização. A gerente de rede ainda explica que o veneno não deixa o escorpião mais agressivo e sim que qualquer produto pode deixar o inseto mais “forte”. Para isso não acontecer, é preciso usar o veneno correto e o serviço deve ser realizado por um profissional qualificado.
Outro problema comum do verão são os pernilongos, a dedetização funciona para eles também, mas por não ter um ninho em casa, o efeito do produto dura menos tempo.
Riscos
Para qualquer produto, as recomendações são as mesmas: antes da aplicação é preciso armazenar todos os alimentos em um local fechado para não correr o risco de contaminação e passar pelo menos quatro horas fora do ambiente. “Pedimos para o cliente ficar fora de casa nesse tempo para não ter nenhum risco de alguma alergia. Não é nada grave, mas se a pessoa for alérgica, ela pode ter alguma reação. Seguindo as recomendações, não tem risco algum”, comenta Amanda. O mesmo vale para os animais, que não devem estar no local na hora da aplicação. Os respectivos potes e a ração devem ser guardados.
Tempo de prevenção
O produto vai reagir de quatro a seis meses, depois disso, a duração está mais relacionada ao ambiente em que o indivíduo está. Se, por exemplo, existir um local próximo com alguma infestação, a probabilidade de ter que dedetizar mais vezes é maior. “Existe um período em que o veneno vai ser eficiente, mesmo sem cheiro. Depois de seis meses, a reação fica mais fraca. Se alguma praga entrar no local, já não tem garantia de que ele vai morrer”, completa a especialista. O mesmo vale para quem mora em prédios, se algum andar dedetizar nesse meio tempo, há chances de os insetos irem para os outros apartamentos.
A dedetização é uma opção segura para quem precisar controlar ou prevenir pragas urbanas, mas para ela ser realmente eficaz e não comprometer a saúde dos moradores é preciso contratar uma empresa qualificada e que utilize apenas produtos licenciados. “O profissional tem que saber qual produto e técnica empregar em cada caso e o contratante pode solicitar um check-list com as recomendações e o veneno utilizado”, finaliza Amanda.
Fonte: APRAG